Um estudo divulgado pela revista científica Nature defende que os europeus modernos descendem de, pelo menos, três grupos de antepassados. Depois dos agricultores e caçadores-coletores, o estudo aponta agora para uma terceira contribuição genética, do norte da Eurásia.
A história remonta há cerca de 7.500 anos. Os
primeiros agricultores chegam do Médio Oriente e entram em contacto com os
caçadores-coletores que viviam na Europa há dezenas de milhares de anos.
Os trabalhos de pesquisa em genética e arqueologia dos
últimos 10 anos revelam que todos os europeus modernos descendem da mistura
destas duas populações. Mas, uma equipa internacional de mais de uma centena de
investigadores, liderado por David Reich (da Universidade
de Harvard, Estados Unidos) e Johannes Krause (Universidade de
Tübingen, Alemanha), colocou em evidência, uma terceira contribuição, do norte
da Eurásia, de uma região que ocupa grande parte da atual Rússia até o norte da
Ásia.
Estes antigos eurasianos do norte chegaram à Europa
pouco tempo depois da introdução da agricultura. Os investigadores sequenciaram
o ADN de mais de 2.300 pessoas e de nove esqueletos antigos, oito
caçadores-coletores (que viveram há cerca de 8.000 anos) e um agricultor, que
viveu por volta de 7.000 anos atrás. Foram igualmente investigados dados
genéticos de outros homens antigos do mesmo período.
A influência relativa de cada um dos três grupos varia
de acordo com as populações europeias. A contribuição dos antepassados da
Eurásia do Norte é a menor, nunca ultrapassando 20% do total.
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