A
descoberta, por acidente, de um fémur humano, junto a um rio da Sibérica levou
a surpreendentes conclusões por parte de cientistas.
Após
datação do osso, com radiocarbono 14, concluiu-se que o homem de Ust’-Ishim
(nome da localidade onde foi encontrado o osso) viveu na zona euroasiática há
cerca de 45 000 anos, sendo assim o mais antigo fóssil da nossa espécie a ser
datado. O seu ADN foi então sequenciado, revelando várias informações.
Os
cientistas que estudaram este achado, quiseram estimar a quantidade de ADN de
neandertal presente no ADN do homem de Ust’-Ishim, uma vez que ele terá vivido
numa altura em que os neandertais ainda não estavam extintos. Descobriram que o
genoma desse homem antigo tinha uma percentagem de origem neandertal
equivalente à dos europeus actuais: cerca de 2%. Porém, dada a sua antiguidade,
os fragmentos de ADN de neandertal eram muito mais compridos do que no ADN
humano de hoje, porque o ADN ainda não tinha tido tempo de se fragmentar ao
longo das gerações.
A
cientista Janet Kelso afirma que, “isso permitiu-nos estimar que os
antepassados do homem de Ust’-Ishim se misturaram com os neandertais entre 7000
e 13.000 anos antes dele nascer”.
Até
agora, os cálculos apontavam para essa mistura genética ter acontecido há
37.000 a 86.000 anos. Agora, esse intervalo ficou mais estreito: o homem
moderno e os neandertais terão procriado há 50.000 a 60.000 anos – ou seja,
quase na mesma altura em que se deu a grande expansão dos humanos modernos na
Eurásia.
Para mais informação lê em:
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/sequenciado-genoma-de-humano-moderno-mais-antigo-de-sempre-1673792
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