quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A colonização da Austrália



A descoberta no norte da Austrália de artefactos sofisticados, escavados em enormes refúgios rochosos, indica que a chegada dos povos aborígenes ocorreu 18 mil anos antes do que se pensava, cerca de 65 000 anos.
Os arqueólogos afirmam ter encontrado os machados de pedra e os lápis de cera - provavelmente usados para fins artísticos - mais antigos do mundo. A descoberta reescreve a história da chegada dos indígenas australianos, considerada a civilização “contínua” mais antiga do mundo. Pensa-se que os povos faziam viagens das ilhas do sudeste asiático para o pequeno continente quando o nível das águas era mais baixo.
A teoria Modelo Fora de África [Out of Africa] procura identificar a primeira vez que humanos abandonaram o continente africano. As datas deste feito são muito debatidas e variam entre os 60 mil aos 100 mil anos atrás. A investigação usou dados de datação por radiocarbono para amostras de carvão, mas a técnica tem um limite de cerca de 50 mil anos.
Para ir além do tempo estipulado, a equipa de arqueólogos utilizou o método de luminescência ótica estimulada [OSL]. Esta nova técnica serve para medir o tempo – no material escavado – passado desde que os grãos minerais foram expostos pela última vez à luz solar. Desta forma, a pesquisa captou um prazo muito mais preciso da era anteriormente desconhecida.


 

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