A descoberta no norte da
Austrália de artefactos sofisticados, escavados em enormes refúgios rochosos,
indica que a chegada dos povos aborígenes ocorreu 18 mil anos antes do que se
pensava, cerca de 65 000 anos.
Os arqueólogos afirmam ter
encontrado os machados de pedra e os lápis de cera - provavelmente usados para
fins artísticos - mais antigos do mundo. A descoberta reescreve a história da
chegada dos indígenas australianos, considerada a civilização “contínua” mais
antiga do mundo. Pensa-se que os povos faziam viagens das ilhas do sudeste
asiático para o pequeno continente quando o nível das águas era mais baixo.
A teoria Modelo Fora de África
[Out of Africa] procura identificar a primeira vez que humanos abandonaram o
continente africano. As datas deste feito são muito debatidas e variam entre os
60 mil aos 100 mil anos atrás. A investigação usou dados de datação por
radiocarbono para amostras de carvão, mas a técnica tem um limite de cerca de
50 mil anos.
Para ir além do tempo
estipulado, a equipa de arqueólogos utilizou o método de luminescência ótica
estimulada [OSL]. Esta nova técnica serve para medir o tempo – no material
escavado – passado desde que os grãos minerais foram expostos pela última vez à
luz solar. Desta forma, a pesquisa captou um prazo muito mais preciso da era
anteriormente desconhecida.
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