Alice Herz-Sommer, de 110 anos, pianista e professora de música, era considerada a mais velha sobrevivente
do Holocausto, morreu no domingo, num hospital de Londres. A sua morte ocorreu uma semana antes do filme The Lady In Number 6: Music Saved My Life , que relata a história desta notável mulher e da sua sobrevivência num campo de concentração,
estar presente nos Óscares, onde
concorre na categoria de melhor documentário de curta-metragem.
Ela, o marido, e o filho, foram enviados, em 1943 de Praga, onde nasceu, para o campo de concentração de Theresienstadt, na Alemanha, durante a II Guerra Mundial, no qual os prisioneiros tinham permissão para apresentar espectáculos e nos quais acabou por participar inúmeras vezes.
Quase 140 mil judeus foram enviados para Teresienstadt e 33.430 morreram
ali. Aproximadamente 88 mil foram transferidos para Auschwitz e outros
campos, onde a maioria foi morta. Alice e o seu filho,
estavam entre os menos de 20 mil que sobreviveram. Depois da guerra foi para Praga e,
em 1949, emigrou para Israel, onde trabalhou como professora de música.
"A música era realmente o nosso alimento. Através da
música fomo-nos mantendo vivos", disse ela uma vez acerca da sua
passagem pelo campo de concentração.
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