De acordo com a maioria dos textos científicos, todos os seres humanos vivos hoje, são descendentes de uma população que viveu no leste de África à cerca de 200.000 anos. Esta conclusão foi o resultado de análises genéticas de populações mundiais e fósseis encontrados na Etiópia, de esqueletos idênticos a humanos.
No entanto, novos achados em Jebel Irhoud, em Marrocos, colocam a origem da nossa espécie 100.000 anos antes do que previamente se considerava, para além de sugerir que os primeiros humanos se encontravam mais disseminados por África.
Este sítio arqueológico é conhecido desde a década de 60, no entanto, nunca se conseguiu fazer uma datação precisa. Os novos trabalhos realizados pelos antropólogos evolucionistas Jean-Jacques Hublin e Abdelouahed Ben-Ncer, conseguiram recuperar instrumentos de pedra e fósseis de pelo menos cinco indivíduos (pedaços de crânios, mandíbulas, dentes e membros).

De maneira a confirmar que estes restos arqueológicos de facto pertenciam à nossa espécie, anatomistas que faziam parte da equipa, realizaram tomografias aos esqueletos e, de seguida, usaram técnicas virtuais para reconstruir a face, caixa craniana e mandíbula. Conseguiram assim, provar que os fósseis possuíam uma morfologia facial idêntica aos seres humanos modernos, distinguindo-se de fósseis encontrados em África na mesma baliza temporal.
Estas novas evidências sugerem que o surgimento da nossa espécie poderá ser mais antiga do que se supunha e que poderá ter um origem pan-africana e não confinada ao leste de África.
Fontes:
https://www.youtube.com/watch?v=F5Tkb5VkslQ (reconstrução da cabeça)
ttps://www.nature.com/nature/journal/v546/n7657/full/nature22335.html#figures (consultada a 10/07/2017)
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