Duas cariátides hieráticas,
estátuas de mulheres vestidas com trajes drapeados, foram descobertas na
entrada do misterioso túmulo encontrado na Grécia, em Anfípolis, onde elas
guardam o acesso. Este túmulo foi descoberto na região da Macedónia, a 600
quilómetros para nordeste de Atenas e a 100 quilómetros de Salónica.
Nas fotos divulgadas, vê-se a sair
da terra, até meio do busto, duas figuras femininas, cujos cabelos caem sobre
os ombros, vestidas com uma túnica com mangas. As cabeças das estátuas sustêm
um entablamento. “O braço esquerdo de uma e o direito da outra estão colocados
de forma a interditar simbolicamente o acesso ao túmulo”, as estátuas têm 60
centímetros de altura por 20 de largura.
Desde meados de Agosto que os
arqueólogos avançam em direção ao coração deste impressionante túmulo, rodeado
por um muro de mármore de 497 metros de comprimento, datado de entre 330 a.C. e
300 a.C., ou seja, da era de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.).
Antes das cariátides, tinham sido
encontradas à entrada do túmulo duas esfinges imponentes. Um chão de mosaicos,
com delicados ornamentos coloridos, e capitéis de colunas esculpidos foram
igualmente descobertos, segundo as informações do ministério, que emite
regularmente comunicados e revela imagens, criando suspense.
As hipóteses quanto à
identidade da personagem lá enterrada vão desde Roxane, a mulher persa de
Alexandre, Olímpia, a mãe do rei, ou um dos seus companheiros e generais. A
probabilidade de o túmulo de Anfípolis ser o de Alexandre são quase nulas,
porque após a sua morte, aos 32 anos, na Babilónia, os restos mortais terão
sido levados para Alexandria, no Egipto, embora nenhuma escavação tenha, até agora,
confirmado este cenário.