Os
humanos podem ter chegado ao arquipélago da Madeira quatro séculos antes da
ocupação portuguesa da ilha, iniciada no fim do primeiro quartel do século XV –
segundo um estudo espanhol que datou ossos antigos de ratos domésticos descobertos
na Ponta de São Lourenço, na ilha da Madeira.
Até
agora, as investigações sugeriam que a chegada dos humanos à Macaronésia (as
ilhas dos Açores, da Madeira, Canárias e Cabo Verde) teria ocorrido em dois
períodos sucessivos: uma chegada limitada às Canárias, há dois milénios; e
outra chegada a partir do século XIV, com a colonização de todos as ilhas
macaronésias. No caso da ilha da Madeira, essa chegada ter-se-á dado em 1420,
ano da sua descoberta (ou redescoberta) por Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves
Zarco.
Agora,
a equipa, composta por cientistas alemães e espanhóis, analisou ossos antigos
de ratos domésticos encontradas na Ponta de São Lourenço. Os resultados da
datação indicaram que os ratos morreram num período compreendido entre o ano
903 d.C. e o ano 1036 d.C., sendo assim o testemunho mais antigo da presença de
ratos domésticos na ilha.
Estes
resultados, lê-se no artigo científico, “sugerem que os humanos podem ter
chegado à Madeira antes de 1036 d.C., o que é cerca de quatro séculos antes de
Portugal ter tomado oficialmente posse da ilha”.
Além da datação, dados genéticos também apontam no sentido de “… as atuais populações de ratos domésticos da Madeira tem mais semelhanças com o da Escandinávia e do Norte da Alemanha, mas não com o as de Portugal”. Se se juntar esta informação genética com a datação por radiocarbono, uma hipótese parece ganhar força: “A amostra analisada permite pensar que foram os vikings que levaram o rato doméstico para a ilha. No entanto, esta conclusão deve ser confirmada com novos estudos morfológicos e genéticos dos fósseis da Ponta de São Lourenço, já que até agora não há referências históricas de viagens de vikings para a Macaronésia”.
Além da datação, dados genéticos também apontam no sentido de “… as atuais populações de ratos domésticos da Madeira tem mais semelhanças com o da Escandinávia e do Norte da Alemanha, mas não com o as de Portugal”. Se se juntar esta informação genética com a datação por radiocarbono, uma hipótese parece ganhar força: “A amostra analisada permite pensar que foram os vikings que levaram o rato doméstico para a ilha. No entanto, esta conclusão deve ser confirmada com novos estudos morfológicos e genéticos dos fósseis da Ponta de São Lourenço, já que até agora não há referências históricas de viagens de vikings para a Macaronésia”.
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